Poupança Sobe e Juros Descendem: É a Hora Certa para Pedir Crédito da Casa?

Poupança Sobe e Juros Descendem: É a Hora Certa para Pedir Crédito da Casa?

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Nos últimos meses, o panorama económico em Portugal tem mostrado sinais claros de recuperação. Segundo dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), a inflação tem descido, o custo de vida diminuiu e, por consequência, as famílias estão a conseguir poupar mais. Esta nova realidade levanta uma questão importante: será esta a altura ideal para pedir um crédito habitação?

Com a descida das taxas de juros nos créditos habitação, muitos potenciais compradores estão a considerar avançar na aquisição de um imóvel, mas há vários fatores a ter em conta antes de tomar essa decisão. Vamos explorar as principais variáveis que podem influenciar a sua escolha.

A Descida das Taxas de Juros nos Créditos Habitação

A principal mudança no mercado financeiro este ano tem sido a queda das taxas de juro dos novos créditos habitação. De acordo com o Banco de Portugal, a taxa média nos novos empréstimos para compra de casa caiu para 3,56% em julho de 2024, oferecendo um alívio para aqueles que procuram financiamento. Esse declínio é uma resposta direta às ações do Banco Central Europeu (BCE), que vem implementando cortes nas suas taxas diretoras desde o verão.

As famílias que optarem por um crédito habitação agora beneficiarão de prestações mais baixas, especialmente se escolherem créditos a taxa variável ou mista. A Euribor, o indexante mais comum em Portugal, também tem refletido esta tendência de descida, com a Euribor a 12 meses a fixar-se em 3,16% e a 6 meses em 3,42%.

Vale a Pena Comprar Casa Agora?

A compra de um imóvel é uma das decisões financeiras mais importantes que uma família pode tomar. Mesmo com a descida dos juros, há outros fatores a considerar antes de avançar. Por exemplo, os preços das casas continuam a subir em várias regiões do país, especialmente nas grandes cidades como Lisboa e Porto. Embora os juros estejam mais baixos, o custo de aquisição de um imóvel ainda é elevado.

Além disso, é importante ponderar sobre o seu orçamento familiar. A taxa de esforço – que mede a percentagem do rendimento destinada ao pagamento de prestações – é um indicador fundamental a ter em conta. Idealmente, as suas prestações mensais não devem ultrapassar 30% do rendimento líquido familiar.

Outro ponto relevante é a estabilidade financeira. Com a descida da inflação e o aumento da poupança, muitas famílias têm maior margem para financiar uma entrada inicial no crédito habitação, o que pode reduzir significativamente o valor total do empréstimo e as respetivas prestações.

Alternativa: Colocar as Poupanças em Depósitos a Prazo

Com o aumento da taxa de poupança das famílias portuguesas – que atingiu 9,8% no segundo trimestre de 2024 – outra questão que surge é: vale a pena investir essas poupanças na compra de casa ou deixá-las a render num depósito a prazo?

Atualmente, os depósitos a prazo têm oferecido rendimentos relativamente baixos, com a taxa média dos novos depósitos a prazo em julho de 2024 fixada em 2,63%. Embora seja uma opção segura, os retornos não são tão atrativos como poderiam ser noutros investimentos. Contudo, para quem procura estabilidade e segurança, colocar dinheiro num depósito a prazo pode ser uma alternativa interessante, especialmente para famílias que preferem evitar o risco associado ao mercado imobiliário.

Como Escolher o Melhor Crédito Habitação?

Se a decisão de comprar uma casa está em cima da mesa, é essencial escolher o crédito habitação mais adequado ao seu perfil financeiro. Aqui estão algumas dicas para tomar a melhor decisão:

  1. Simulação de Vários Tipos de Taxas: Compare as taxas de juro variável, mista e fixa. Com a descida da Euribor, a taxa variável pode ser a melhor opção a curto prazo, mas as taxas mistas oferecem mais estabilidade nos primeiros anos do contrato.

  2. Taxa de Esforço: Calcule quanto do seu orçamento será destinado ao pagamento do crédito e certifique-se de que consegue acomodar esse valor confortavelmente.

  3. Capacidade de Endividamento: Verifique se tem outros empréstimos ou dívidas em andamento. Quanto menor for a sua taxa de endividamento, melhores condições pode obter no crédito habitação.

  4. Negociação com o Banco: Não hesite em negociar o spread com o banco. Um spread mais baixo pode fazer uma grande diferença nas suas prestações mensais.

  5. Entrada Inicial: Se possível, dê uma entrada maior no momento da compra. Isso pode reduzir o montante financiado e, consequentemente, os custos totais do empréstimo.

Conclusão: Comprar ou Poupança?

A decisão entre investir numa casa ou colocar as poupanças num depósito a prazo vai depender da sua situação financeira e dos seus objetivos de longo prazo. Com os juros a descer e uma oferta bancária diversificada, esta pode ser uma boa altura para adquirir um imóvel, especialmente se conseguir negociar boas condições de crédito. No entanto, para aqueles que preferem uma abordagem mais cautelosa, os depósitos a prazo continuam a ser uma opção segura, embora com retornos limitados.

Seja qual for a sua decisão, o importante é fazer uma análise detalhada do mercado e consultar especialistas financeiros antes de avançar. Comprar uma casa é um compromisso de longo prazo e deve ser tomado com toda a cautela.


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